6 de maio de 2025.
O Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, em convênio com a PUC-Rio (CIESPI/PUC-Rio) lança uma pesquisa que discute a questão das mudanças climáticas e seus impactos considerando o que adolescentes e jovens sabem, pensam e fazem sobre o tema.
A pesquisa foi coordenada pela professora Irene Rizzini, do Departamento de Serviço Social da PUC-Rio e diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio), e contou com o apoio da Fundação José Luiz Setúbal e Nova Institute for Health of People, Places and Planet. A iniciativa conta também com a parceria da Cidade Escola Aprendiz, que se integra às ações de continuidade e disseminação dos resultados. A equipe de pesquisa foi composta por: Renata Mena Brasil do Couto, Maria Cristina Bó, Malcolm Bush, Carolina Terra e Mariana Menezes Neumann.
A pesquisa
Com base na constatação de que adolescentes e jovens têm sido historicamente pouco ouvidos no debate climático, especialmente no contexto brasileiro, a pesquisa realizou entrevistas com 200 participantes entre 12 e 18 anos, estudantes de escolas públicas e privadas, em todas as cinco regiões do país.
Os resultados revelam que 92,5% dos entrevistados demonstram preocupação com as mudanças climáticas, principalmente ao pensarem em seus futuros e nos impactos para outras gerações. Mais de 80% relataram sentimentos de ansiedade, medo ou insegurança relacionados ao tema, e a maioria reconhece que o local onde vivem já sofre os efeitos das mudanças climáticas.
Apesar disso, o estudo aponta limitações no conhecimento aprofundado sobre o tema: 99,5% já ouviram falar em mudanças climáticas, e 82,5% disseram ter aprendido sobre o assunto na escola, mas, em geral, apresentaram dificuldades para elaborar respostas mais consistentes sobre causas, consequências e soluções.
Quando se trata de ações, 72% relataram adotar práticas individuais, como descarte correto do lixo e economia de água. No entanto, apenas 3% participam de iniciativas coletivas. Muitos expressaram vontade de se engajar mais ativamente, mas não sabem por onde começar.
A relevância da pesquisa
Os dados revelam uma juventude preocupada, atenta e disposta a agir, mas ainda pouco informada e com acesso limitado a formas de participação mais amplas. Isso evidencia a urgência de fortalecer o conhecimento sobre as mudanças climáticas, com métodos e materiais acessíveis, que dialoguem com suas realidades.
Mais do que informar, é preciso ampliar horizontes e abrir caminhos para que reconheçam a centralidade de suas ações individuais e coletivas na redução dos impactos das mudanças climáticas.
Por isso, o CIESPI/PUC-Rio reafirma seu compromisso com o desenvolvimento e a disseminação de estratégias que incentivem o engajamento de crianças, adolescentes e jovens nesse debate, respeitando suas perspectivas e seu direito à participação social.
Acesse a pesquisa completa clicando aqui.